
Os musicais estão cada vez mais em voga. Género que reflete os anos de ouro de Hollywood, assim como toda a sua creatividade e capacidade de imaginação, tão parca nos dias que correm. O excêntrico estilo de fazer filmes é agora adaptado aos tempos modernos, com visões mais arrojadas de novos realizadores. Dancer in the Dark é provavelmente o exemplo maior de um musical contemporâneo. Longe dos parâmetros e regras que regiam The Sound of Music ou All That Jazz. Moulin Rouge foi também uma agradável variante dos musicais e, quer concordem comigo ou não, Magnolia foi também ele um filho ilegítimo dos musicais.
Romance & Cigarettes é uma tentativa (pouco conseguida) de inovar o musical. Mas, é também um filme que, apesar dos seus defeitos, consegue conquistar a nossa simpatia. Uma comédia pouco ambiciosa, por vezes com alguma vergonha das suas limitações, o que a torna agradável de assistir. Sentimos que há uma entrega genuína da parte de quem imaginou o filme e, especialmente, de quem o interpreta.
Os actores são, sem sombra de dúvidas, os principais responsáveis pelo facto de o filme não cair na mediocridade. O argumento é demasiado frágil mas ainda assim o elenco consegue fazê-lo funcionar. E que elenco amigos. James Gandolfini, Susan Sarandon, Kate Winslet, Christopher Walken, Mary Louise-Parker, Aida Turturro, Bobby Cannavalle e Mandy Moore. Cada um deles a cumprir o seu trabalho de forma exímia. Se há quem não encontre motivos para gostar do filme, tem pelo menos o prazer de ver este grupo de talentosos actores em acção. E, quanto a mim, só isso vale uma ida ao cinema.
Por mais defeitos que encontre, a vários níveis, não consigo deixar de ter saído da sala com um sorriso na cara, com uma sensação de que não tinha perdido o meu tempo. Há filmes assim, que têm tudo para se afundar, mas acabam por cair nas nossas boas graças.
 A minha classificação é de: 6,5/10Etiquetas: Criticas |
exactamente!